28 de outubro de 2010

Breakfast at Tiffany's (Bonequinha de Luxo)

No Brasil conhecido como 'Bonequinha de Luxo'
 O filme tem roteiro baseado na obra do célebre escritor Truman Capote. O drama de 1961, se passa na cidade de Nova York e tem como atores principais Audrey Hapburn na pele de Holly Golightly e George Peppard como Paul Varjak. O longa conta com direção de Blake Edwards e o roteiro de George Axelrod.



Uma das melhores atuações femininas que eu já vi. Tudo, mas tudo mesmo, desde o enredo até os outros personagens ficam apagados pela atuação de Audrey Hepburn. Holly Golightly, personagem de Audrey, é uma acompanhante de homens em troca de dinheiro (não a considero uma prostituta, pois em nenhum momento fica clara a relação sexual, ela apenas acompanha em um jantar, em uma festa, conversa e diverte a pessoa) que mora sozinha em seu apartamento tendo como companhia apenas um gato. Holly não faz questão de esconder que gosta da riqueza, mas o mais interessante é que isso não faz dela uma mulher esnobe, pelo contrário, essa característica torna a personagem ainda mais carismática, principalmente depois de descobrirmos que ela tem origem humilde. Outro ponto interessante é o desapego
  material que ela tem, algo estranho se formos pensar em pessoas ricas atualmente. Seu apartamento quase não tem mobília e seus pertences ficam jogados pelo chão. A inocência que ela tem, o que com a sua beleza incomparável, torna a personagem exponencialmente mais interessante. A simplicidade da personagem, que contradiz seu gosto pela riqueza. A personagem foi uma coisinha das mais lindas que já apareceu no cinema. Tudo nela era perfeito: suas roupas, seu cabelo, seu andar, sua voz, sua personalidade, seu jeitinho. Delicada, sozinha, divertida, inteligente, tem um lugar de paz onde vai para se livrar de maus sentimentos, não dar nome ao gato remete a uma recusa ao apego, tenta fugir do comprometimento de qualquer jeito, inocente, doce, confusa...




Então chega Paul Varjak, um escritor que é sustentado por uma mulher e que logo se apaixona por Holly. Esse seria um resumo bem básico, mas já podemos notar algumas características que os aproximam, como o fato de serem sustentados por parceiros que buscam companhia. No decorrer do filme descobrimos também, que ambos estão meio perdidos na vida sem saber o que querem; a diferença é que, depois que ele descobre a paixão por ela, este se aproximar dela, enquanto ela o repele até o último momento. A história dos dois é envolvente e o principal acerto é mostrar os personagens sendo bastante inocentes. Ambos os personagens são extremamente carismáticos: ela possui uma delicadeza impressionante e ele é muito charmoso. Juntos, exaltam a beleza do quase-romance que vivem.
Paul, também sustentado pela amante - e, portanto, estando na mesma posição que Holly - , a compreende perfeitamente e assim os dois se unem num princípio de amizade e carinho. O relacionamento deles é abordado de maneira inteligente: não vemos um amor tórrido, mas mais companheirismo.  Apenas no final nós somos apresentados àquela cena de amor que fecha as comédias românticas.




Quem já viu, veja de novo e de novo e de novo. Que não viu, corre para ver, esse é um filme que não pode deixar de ser visto. Este sem sombra de dúvida é um filme que merece ser visto e admirado o máximo de vezes possíveis. Eu me identifico demais com a personagem, ouso dizer que pareco com ela, obviamente que não a absurda beleza exterior e sim a interior. 



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