31 de outubro de 2010


Cansei de ser forte.
Agora eu quero é que pare de doer...

Incertos são nossos amores,
e por isso é tão importante sentir-se bem,
mesmo estando só.

Martha Medeiros

Costumavas dizer que ser amigo de alguém é ter a coragem
de conhecer o melhor e o pior dessa pessoa, e guardar esse pior,
por mais peso que tenha, no silêncio do nosso coração.
Na realidade, nunca ouvi uma definição de amizade mais precisa e poética.
 
Inês Pedrosa

O amor nunca vem antes, não há oração,
coração ou simpatia para que ele se anteceda.
Vencer a nós mesmos, vencer a própria pressa,
suportar e decifrar o descaso e descanso da hora.
Esperar. Esperar como se não tivessemos urgência,
esperar como se a espera fosse
o último motivo de não ir para frente.
O amor nunca vem antes.
Nunca antes da paixão, nunca antes
da primeira oportunidade para pular do barco,
nunca antes de conhecer o outro tão fundo a ponto de desistir.
O sentimento seleciona ou anula,
e entre um sim ou um não a linha é tão tênue
e ao mesmo tempo um enorme abismo. Sim ou não.
Uma escolha rende a história de uma vida, ou de duas.
Escolher quando a chance de ser escolhido é bem maior.
O amor nunca vem antes...
sempre virá depois do que pensamos ser amor.

Cáh Morandi

“Quando talvez precisar de mim,
cê sabe que a casa é sempre sua.”

Chico Buarque

A liberdade é a única riqueza
porque do resto somos ao mesmo tempo amos e escravos

William Hazlitt

Eu cansei de ser forte, sorrir por fora, e chorar por dentro
Cansei de ser o ombro amigo, de ouvir aconselhar, de sorrir e de animar
Cansei de ter paciência
Eu quero ser fraco, quero sorrir e chorar, xingar e gritar
Eu quero falar, desabafar, quero um ombro amigo, um porto seguro.
Eu quero conselhos, quero um escudo
Eu também quero errar, tomar decisões impensadas, pensar no agora
Eu também quero amar, não quero pensar
Eu quero viver, ter sonhos e fantasias
Eu quero imprudência, impaciência, imaturidade, irresponsabilidade
Eu quero inocência, quero ilusões, felicidade
Eu quero ser simples
Eu quero a beleza, e não a vaidade.
Eu só quero ser eu mesmo
Eu só quero esperança
viver de lembrança...
ser novamente criança.

 

Desejo tanto que respeitem a minha liberdade
que sou incapaz de não respeitar a dos outros

Françoise Sagan

Ela é assim! Pronto.
Mas assim como? Explica!
Ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma 
grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo
Ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, 
parece que ninguém nunca foi antes dela. 
Ela se incomoda com isso, às vezes, muito. 
Ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo
e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa
Mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente. 
E ainda, graças a Deus, ela é diferente
Algo que pesa e que tem o dom da leveza, algo que chora e que se manifesta em sorrisos
algo de forte, mas que se desmancha quando encontra a água.

Clarice Lispector

Vai dizer que você nunca quis simplesmente desaparecer? 
Que nunca quis deixar todos pra trás e começar tudo de novo, tudo do seu jeito. 
Nunca cansou da mesma rotina e das mesmas pessoas te dizendo como agir, 
e o que fazer, nunca quis ir embora, fugir, pra qualquer lugar, pra qualquer tempo. 
Esquecer, de dias, pessoas e momentos. 
Sumir, por alguns dias, pra tentar fazer aquela pessoa notar sua ausencia. 
Escolher um caminho, viver sem se preocupar com os problemas e as consequências. 
Perceber que nem sempre as coisas acontecem da nossa maneira, 
perceber que às vezes não dá pra fugir, esquecer e nem sumir.

Matar o sonho é matarmo-nos. 
É mutilar a nossa alma.
O sonho é o que temos de realmente nosso, 
de impenetravelmente 
e inexpugnavelmente nosso

Fernando Pessoa

Isto é a liberdade:
sentir o que o seu coração deseja.

Paulo Coelho

Somewhere in Time (Em algum lugar do passado)

No Brasil conhecido como 'Em algum lugar do passado'
Um filme lançado em 1980 estrelando Christopher Reeve e
 Jane Seymour como atores principais. Com direção de Jeannot Szwarc e roteiro de Richard Matheson. O filme é baseado no romance de Richard Matheson originalmente publicado com o título de Bid Time Return em 1975 e mais tarde republicado como Somewhere in Time. O filme retrata a vida de um jovem que retorna ao passado para resgatar uma mulher que, no presente, diz ser o seu grande amor.

Como descrever esse filme? É lindo, doce, romântico, encantador... Mas não encanta a todos, porque o ponto principal do filme - a viagem no tempo de Richard para encontrar seu amor - é fantasioso e somente as pessoas que conseguem enchergar além do fantasioso se apaixonam por essa grande obra. O filme mostra que o amor faz com que nos esforçemos ao máximo para estar ao lado de quem amamos. Mostra que nem o tempo pode destruir o amor. Mostra que acabamos definhando quando perdemos o grande amor da nossa vida. É preciso sensibilidade para apreciar essa obra.

Ganhou o oscar de melhor figurino. Ganhou o Saturn Awards de melhor filme fantasioso, melhor música e melhor figurino. Ganhou o prémio de crítica no Festival de Cinema Fantástico de Avoriaz.



Somos todos viajantes pelas agruras do mundo, 
e o melhor que podemos achar em nossas viagens 
é um amigo honesto

Robert Louis Stevenson em: Travels with a Donkey in the Cévennes

Por toda a minha vida.
Se você não se atrasar demais, posso te esperar por toda a minha vida.

Oscar Wilde

Dois corpos.
A amizade é uma alma com dois corpos.

Aristóteles



Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido


Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz

É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
 Isso vai sem eu dizer

 Se amanhã não for nada disso
caberá só a mim esquecer. 
o que eu ganho e o que eu perco, 
ninguém precisa saber.

(...)

Apenas Mais Uma De Amor
Lulu Santos
Composição: Lulu Santos e Nelson Motta

''alguém que te faz sorrir''

30 de outubro de 2010


em luta:
meu ser se parte em dois
um que foge, outro que aceita.

Caio Fernando Loureiro de Abreu

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. 
não é paranóia não. é verdade. 
sou tão talvez neuroticamente individualista que, 
quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, 
fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, 
às vezes firo, sou agressivo e tal. 
é preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. 
ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso. 

Caio Fernando Loureiro de Abreu

De onde vem essa iluminação
que chamam de amor, e logo depois se contorce, 
se enleia, se turva toda e ofusca e apaga e acende 
feito um fio de contato defeituoso, 
sem nunca voltar àquela primeira iluminação? 

Caio Fernando Loureiro de Abreu

eu disse a uma amiga:
— a vida sempre superexigiu de mim.
ela disse:
— mas lembre-se de que você também superexige da vida.
sim.


Clarice Lispector

Isso tudo nunca foi pra mim, nunca funcionou, 
é sempre eu que caio, de amores, ilusões, dores e 
no final de tudo eu fico aqui, esperando esse trem, 
pra me levar para a proxima estação, 
onde eu possa finalmente criar uma nova ficção na minha cabeça, 
uma nova atração para os meus olhos, 
uma nova paixão pro coração, 
e quem sabe, um final pra este roteiro.

Caio Fernando Loureiro de Abreu

Não existe morte pior que o fim da esperança

King Arthur

29 de outubro de 2010


Não há nada de errado em - de vez em quando - 
chorar e pedir a Deus que nos coloque no colo

Paulo Coelho

A liberdade me ensinou, e muito bem, 
que nela se concentra todo o prazer possível 

28 de outubro de 2010


As pessoas falam coisas,
e por trás do que falam há o que sentem
e por trás do que sentem,
há o que são e nem sempre se mostram


Caio Fernando Loureiro de Abreu

Se eu gostar de você tenha a gentileza de não me deixar tão solta. 
Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar. 
Sou fácil de ler, mas não tente descobrir porque o mesmo refrão insiste em tocar tanto. 
Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim. 
E me deixe ser, assim, exatamente como eu sou... 

Fernanda Mello

As pessoas sempre partem....
As vezes a dor se torna uma parte grande da sua vida 
que você espera por ela sempre porque
você não consegue lembrar a parte de sua vida sem ela. 

One Tree Hill

Nesse momento há 6 bilhões, 
470 milhões, 818 mil, 671 pessoas no mundo. 
Algumas estão fugindo assustadas, 
algumas estão voltando pra casa, 
algumas dizem mentiras pra suportar o dia, 
outras somente enfrentando a verdade. 
6 bilhões de pessoas no mundo, 
e ás vezes tudo que nós precisamos é de apenas uma!

One Tree Hill

(Foto: Video muito cute do garotinho mais sincero!)

Se te falta sinceridade,
simplesmente te falta tudo


Porque é tão difícil pra mim ser feliz, porque e tão difícil mostrar o quanto eu gosto das pessoas, eu só queria uma vez na vida acertar, ter a certeza de que tudo vai dar certo, só queria alguém que estivesse do meu lado quando eu caísse, que ficasse comigo no momento da dor, que me fizesse feliz nem que fosse por um instante, como eu queria ter alguém aqui comigo, poder dizer que eu realmente encontrei aquela pessoa que vai me fazer esquecer tudo que eu já sofri, que vai me amar sem pedir nada em troca.
 
(Foto: Plitvicka Jezera National Park, na Croácia)

Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência.
Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo
e ninguém morreria de fome.

Mahatma Gandhi

Algumas coisas
não precisam ser ditas 
para serem entendidas

Em um mundo voltado
por herança sanguínea e contas de banco, 
vale a pena ter um amigo

Gossip Girl

Breakfast at Tiffany's (Bonequinha de Luxo)

No Brasil conhecido como 'Bonequinha de Luxo'
 O filme tem roteiro baseado na obra do célebre escritor Truman Capote. O drama de 1961, se passa na cidade de Nova York e tem como atores principais Audrey Hapburn na pele de Holly Golightly e George Peppard como Paul Varjak. O longa conta com direção de Blake Edwards e o roteiro de George Axelrod.



Uma das melhores atuações femininas que eu já vi. Tudo, mas tudo mesmo, desde o enredo até os outros personagens ficam apagados pela atuação de Audrey Hepburn. Holly Golightly, personagem de Audrey, é uma acompanhante de homens em troca de dinheiro (não a considero uma prostituta, pois em nenhum momento fica clara a relação sexual, ela apenas acompanha em um jantar, em uma festa, conversa e diverte a pessoa) que mora sozinha em seu apartamento tendo como companhia apenas um gato. Holly não faz questão de esconder que gosta da riqueza, mas o mais interessante é que isso não faz dela uma mulher esnobe, pelo contrário, essa característica torna a personagem ainda mais carismática, principalmente depois de descobrirmos que ela tem origem humilde. Outro ponto interessante é o desapego
  material que ela tem, algo estranho se formos pensar em pessoas ricas atualmente. Seu apartamento quase não tem mobília e seus pertences ficam jogados pelo chão. A inocência que ela tem, o que com a sua beleza incomparável, torna a personagem exponencialmente mais interessante. A simplicidade da personagem, que contradiz seu gosto pela riqueza. A personagem foi uma coisinha das mais lindas que já apareceu no cinema. Tudo nela era perfeito: suas roupas, seu cabelo, seu andar, sua voz, sua personalidade, seu jeitinho. Delicada, sozinha, divertida, inteligente, tem um lugar de paz onde vai para se livrar de maus sentimentos, não dar nome ao gato remete a uma recusa ao apego, tenta fugir do comprometimento de qualquer jeito, inocente, doce, confusa...




A mulher é poesia. O homem é prosa.
Isso não quer dizer que a mulher seja do bem e o homem do mal.
Não. Muita vez, seus abismos são venenosos, seu mistério nos mata.
A mulher quer ser possuída, mas não só no sexo, tipo "me come todinha".
Falam isso no motel, para nos animar.
O homem é pornográfico; a mulher é amorosa.
A pornografia é só para homens.
A mulher quer ser possuída em sua abstração, em sua geografia mutante,
a mulher quer ser descoberta pelo homem para ela se conhecer.
Ela é uma paisagem que quer ser decifrada pelas mãos e bocas dos exploradores.
Ela não sabe quem é. Mas elas também não querem ser opacas, obscuras.
Querem descobrir a beleza que cabe a nós revelar-lhes.
As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe.

'Mulheres' por Arnaldo Jabor

Cada qual sabe amar a seu modo.
O modo pouco importa,
o essencial é que saiba amar.

Machado de Assis

Quando penso que escapei de minha timidez,
há um gesto inesperado que me faz corar e regressar
,
 rendido, para a ausência de lugar.
O corpo não é um esconderijo seguro.

Fabrício Carpinejar

Que a liberdade 
seja a nossa própria substância 

Simone de Beauvoir
Certa vez, foi perguntando a Audrey Hepburn seus segredos de beleza, ela assim respondeu:

“Para ter lábios atraentes, diga palavras doces; para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas; para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos; para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia; para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho; pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo; a beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo.

A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração,
o lugar onde o amor reside.”

Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica, 
psicanálise, drogas, acupuntura, suicídio, 
ioga, dança, natação, cooper, astrologia 
patins, marxismo, candomblé, 
boate gay, ecologia, 
sobrou só esse nó no peito, agora o que faço? 

Caio Fernando Loureiro de Abreu

Uma mente saudável deveria 
ser uma usina de sonhos

Augusto Cury


27 de outubro de 2010


ou talvez eu só precise
férias, um porre e um novo amor

Caio Fernando Loureiro de Abreu

Alguns no meio daquela multidão espantada e comovida comentavam, 
como naquela manhã antiga, que essa menina - ah, essa mulher - 
precisava sair daqui. deste planeta que, tão freqüentemente, 
parece não comportar a sensibilidade 

Caio Fernando Loureiro de Abreu

Por que ela se perdia assim
e assim se assumia e se cumpria em pedra, 
dona de si mesma
dispensando qualquer afeto, 
 qualquer comunicação?

Caio Fernando Loureiro de Abreu